sábado, 9 de maio de 2009

Largo da Glória em 1905

Cartão Postal, da Casa Staffa, que circulou por volta de 1905, mostrando a Rua da Glória e o relógio de quatro mostradores, ainda hoje existente. Ao fundo, a Igreja de N.S. da Glória do Outeiro, cujo início de construção remonta a 1914. O nome do bairro da Glória surgiu na segunda metade do séc. XVII, quando Antonio Caminha esculpiu em madeira uma impressionante imagem de N.S. da Glória, quase em tamanho natural, e, para abrigá-la, ergueu uma ermida no alto do Morro. A tradicional igreja de N.S. da Glória do Outeiro, além da devoção popular dos cariocas, teve a assídua frequência da Família Imperial desde os tempos de D. Pedro I. Ali o futuro Dom Pedro II recebeu o batismo, com todas as devidas honras. Mais tarde, ele mesmo conferiu à igreja o título de Imperial (""apud"" C.Cornejo & J.E. Gerodetti). Há dias, André Decourt abordou a história do relógio em http://www.fotolog.net/andredecourt/?photo_id=10931985 Segundo M. Teixeira, há um detalhe pitoresco: quando o relógio foi feito pela casa Krussmann, não havia ainda rede elétrica na cidade, o que obrigou o Prefeito Pereira Passos solicitar, dias antes da inauguração, à Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, que fornecesse também energia ao dito relógio. O diretor da Companhia ponderou que as linhas dos bondes eram aéreas e as do relógio subterrâneas, mas que mesmo assim queria contribuir para esse importante progresso da cidade e faria a ligação dos fios aéreos até o relógio. Ou seja, está aí o primeiro ""gato"" elétrico da história do Rio de Janeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário